A astrofotografia é nada mais do que a representação do que o universo tem a nos oferecer do ponto de vista das lentes e dos sensores de nossas câmeras. Mas só pela lente das câmeras? Infelizmente a maior parte de fotos que nós tiramos do que chamamos de ‘céu profundo’, isto é, nebulosas, aglomerados, galáxias, não são possíveis de enxergar com muita
nitidez com nossos próprios olhos por vários motivos, sendo o primeiro deles o fato de que nosso sensor ocular(retina) não é sensível às frequências fora do que nós chamamos de “intervalo visível” no espectro eletromagnético. Por exemplo, nós não enxergamos a onda de
rádio que chegam até os rádios que ouvimos e nas televisões que assistimos, não enxergamos as micro-ondas que esquentam nosso alimento no aparelho de micro-ondas, não enxergamos o raio-X quando fazemos o exame.
Não desmerecendo o sistema ocular humano, ele na verdade
é o que temos de mais sofisticado e o melhor adaptado para nós! Mas sabemos que humanos são sempre mais ambiciosos e na astrofotografia utilizamos algumas coisas que nossos olhos não podem ter, tal como uma “retina” maior(o sensor da câmera), uma “pupila” maior(o diafragma da câmera), e um poder de aumento maior também(as lentes da câmera). Utilizando todos esses itens juntos, conseguimos imagens incríveis e extremamente nítidas e contrastadas, traduzindo ao nosso pequeno espectro visível, coisas que os olhos não conseguem enxergar.