Anualmente é realizada a Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA) nas escolas previamente cadastradas, com o propósito de difundir o conhecimento de astronomia na sociedade brasileira, fomentar o interesse dos jovens pela Astronomia e pela Astronáutica e ciências afins.
Yasmin Pádua Lugão, 19 anos, estudante do quarto ano de Eletrotécnica Integrado, foi uma das alunas que representou o Ifes campus Guarapari no ano passado na XXIII Olimpíada Brasileira de Astronomia e conquistou a medalha de ouro. Conheça quais foram suas maiores motivações e seus conselhos para quem gostaria de participar da OBA.
Quando começou sua paixão pela astronomia?
YP – Sempre gostei muito de astronomia, desde pequena era fascinada pelo céu, mas eu só pude estudar e trabalhar nisso quando me tornei aluna do Ifes. Logo no primeiro ano, tive a oportunidade de ingressar no grupo de astronomia, lá pude estudar e saber mais sobre o céu. Realmente é um assunto que eu sempre gostei, mas antes eu nunca tinha feito uma pesquisa, estudado ou adquirido mais conhecimento sobre o céu. Então, o programa de iniciação científica de astronomia do Ifes foi o que me ajudou a saber mais sobre astronomia.
Por que você decidiu participar da OBA?
YP – Eu descobri a OBA no Ifes quando o Adriano (professor orientador) propôs aplicar a prova para quem quisesse fazer, e eu estava no grupo de astronomia. Ele nos disse que seria legal fazermos a prova para conhecer, então eu decidi participar. Faz três anos isso e desde então eu continuei fazendo todos os anos, posso dizer que está sendo uma experiência bem legal.
Como foi receber a notícia de que você ganhou a medalha de ouro?
YP – Foi muito bom receber essa notícia em 2020, porque foi um ano bem diferente e difícil marcado pela pandemia e pelo distanciamento. Eu estava focando mais nos vestibulares, então não pude me dedicar tanto às olimpíadas, porém eu me esforcei bastante durante a prova, mesmo assim não esperava a medalha de ouro. Eu fiquei muito feliz mesmo, foi muito gratificante.
Quais foram os melhores momentos da OBA?
YP – Eu diria que os melhores momentos foram na Jornada Espacial, que é um evento promovido pela OBA com alguns parceiros para os melhores medalhistas do país, e eu fui em 2019. É uma oportunidade incrível, pois convidaram pessoas maravilhosas e brilhantes para falarem sobre astronáutica, astronomia, aeronáutica e outros assuntos que se relacionam. Foi algo muito legal até para eu pensar sobre o que queria fazer na faculdade. A Jornada é um evento incrível, você conhece gente do Brasil inteiro e passa uma semana em São José do Campos, que é um polo de aeronáutica do país, visitando lugares. Então, esse seria o melhor momento de ter participado da OBA.
O que você diria para outros alunos que desejam participar da OBA?
YP – Eu diria que está certo em querer participar e também para se esforçar, ir com tudo e dar tudo de si, porque o resultado disso vale muito a pena, não só na OBA, mas sim em todas as olímpiadas científicas, pois elas trazem muitos benefícios aos alunos, que não os conhecem, e por desconhecer não se interessam tanto pelas olimpíadas ou fazem só por fazer. Um dos benefícios é a Jornada Espacial, eu nunca tinha ouvido falar sobre e fui convidada. Foi um evento incrível que eu me apaixonei, mas o pessoal não sabe dessas coisas, não sabe o que uma medalha traz na sua vida acadêmica e o quão é importante, por exemplo, ter isso no currículo. Meu conselho para as pessoas que desejam participar da OBA é se esforce bastante e corra atrás.
Por Grasielly Gusmão, estudante de Administração e bolsista do Observatório Astronômico no Ifes Guarapari