O eclipse solar é um fenômeno astronômico originado pelo cobrimento total ou parcial da luz solar causado pela interposição da Lua entre a Terra e o Sol, a projeção da sombra do nosso satélite na superfície terrestre causa esse fenômeno.
Para que ele ocorra, algumas situações específicas devem ser favoráveis, como pode ser visualizado na figura abaixo, as situações B e D propiciam o acontecimento do eclipse, sendo Lua Nova para eclipse solar e Lua Cheia para eclipse lunar. No entanto, isso não significa que para todas as vezes que tiver essas fases lunares haverá eclipses, isso porque a Lua, o Sol e a Terra devem estar no mesmo plano, chamado Plano da Eclíptica, e a intersecção entre o plano orbital da Terra e o plano orbital da Lua resulta na formação da Linha dos Nodos, por onde esses corpos celestes se alinham, favorecendo, assim, o surgimento dos eclipses.
Há quatro tipos de eclipse solar: total, anular, parcial e híbrido. O eclipse solar total ocorre quando a Lua cobre totalmente o Sol, bloqueando toda a luz solar, a cada 400 anos poderá acontecer no mesmo lugar do planeta. Caso apenas uma parte do Sol seja encoberta pela Lua, ocultando parcialmente a luz solar, denomina-se eclipse solar parcial. O eclipse solar anular é caracterizado pelo anel de luz formado pela diferença de diâmetro da Lua, que está no ponto mais longe de sua órbita (apogeu), e do Sol, fazendo com que apenas o centro do disco solar seja coberto pelo satélite natural. Por fim, o eclipse solar híbrido ocorre quando, dependendo do grau de inclinação da órbita lunar, em alguns lugares é eclipse anular enquanto em outros é eclipse total.
Neste mês ocorrerá o segundo eclipse solar do ano, o primeiro foi o eclipse anular no dia 21 de junho, visto na Ásia e na África, e o segundo será o eclipse solar total no dia 14 de dezembro, visível no sul da Argentina e Chile. No Brasil, está previsto um eclipse solar total visível apenas em 2045. Felizmente, em boa parte do Brasil, sobretudo, nas regiões sul, sudeste e centro-oeste, o eclipse do dia 14 de dezembro poderá ser observável em seu nível parcial. Em Guarapari (ES), onde está localizado o Observatório Astronômico do Ifes de Guarapari (OAIG), ele será visto parcialmente entre às 13h15 e 15h15, dependendo das condições meteorológicas da cidade, de acordo com a simulação do céu no software Stellarium.
ATENÇÃO!!
A observação do Sol exige cuidados extremamente importantes, visto que, feito de forma inadequada, pode causar DANOS IRREVERSÍVEIS À VISÃO! Portanto, JAMAIS OLHE DIRETAMENTE PARA O SOL!
Segundo o Coordenador do Observatorio Astronomico da Universidade Federal de Minas Gerais, Renato Las Casas, embora o eclipse seja total, aqui no Brasil so o veremos parcialmente. Quanto mais ao sul do pais, maior a visibilidade. Desta maneira, o Rio Grande do Sul tera 60% do disco solar coberto pela Lua; Sao Paulo pouco menos de 50% e o Rio de Janeiro cerca de 40%. As regioes Norte e Nordeste nao poderao ver o eclipse. O eclipse solar total so ocorrera em uma pequena faixa que corta o sul do Chile e o sul da Argentina.